Uma vaga, uma onda, uma ideia, uma lembrança.
Ela.
No infinito flutua, alma errante a vagar,
Buscando por algo, nos confins do sonhar.
No labirinto do tempo, sem rumo encontrar,
Entre sonhos e realidade, se vê desdobrar.
Em constelações dançantes, o ser se dissolve,
Entre Arcanos e inércia, a paixão se resolve.
O amor, platônico, a alma sublima e envolve,
Num intrincado jogo cósmico, o destino a absolve.
Já sem culpa, vaga.
Entre véus e mistérios, anseia a verdade,
A luz etérea, guia da terna jornada.
Mas a paixão a consome, carnal e encarnada,
Perdida na vasta e imensurável eternidade.
Como chama etérea que nunca se apaga,
Sua essência irradia, nas sombras propaga.
No derradeiro ato, épica saga,
Repete os primeiros versos, como uma lembrança vaga.
Ainda sem rumo, ainda sem nada.
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